Com a nova classificação do IBGE, Brasil fica mais adequado ao padrão internacional.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou, nesta segunda-feira (5), os dois volumes da nova versão da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae), lista de ramos de atividade dos diferentes agentes econômicos (incluindo as empresas) com finalidade estatística e administrativa.
O primeiro volume refere-se à Cnae para uso do sistema estatístico, com 21 seções, 87 divisões, 285 grupos e 673 classes, e o segundo volume, destinado ao uso pela administração pública, é mais detalhado, e tem 1.301 subclasses.
Como informa o IBGE, a Cnae uniformiza os tipos de atividades nas diversas instâncias governamentais que a adotam. Isso permite que uma empresa tenha uma classe igual perante a Receita Federal e a Secretaria da Fazenda de seu estado, por exemplo, facilitando uma série de procedimentos burocráticos.
As revisões nas classificações ocorrem porque, com o tempo, novas atividades surgem ou ganham importância no cenário econômico, e precisam ser incorporadas ao sistema de classificação. Esse foi o caso, entre outros, das atividades ligadas à informação e comunicação, que ganharam uma seção específica na nova versão da Cnae.
A padronização das classificações de atividades econômicas no Brasil vem sendo desenvolvida desde 1994. Antes disso, diferentes classificações eram utilizadas pelo IBGE e órgãos públicos como o Ministério do Trabalho, Secretaria da Fazenda, Receita Federal, Previdência Social, entre outros. Assim, um mesmo agente econômico poderia estar identificado por códigos distintos nos diversos cadastros das administrações federal, estadual e municipal, dificultando o cruzamento de informações.
Hoje, é possível comparar as informações de vários segmentos econômicos do Brasil com os seus pares na Alemanha, China, Chile e EUA, por exemplo, já que todos esses países adotaram o padrão da International Standard Industrial Classification (Isic 2), desenvolvida pela ONU. A primeira versão da Isic foi elaborada em 1948 e sua última revisão (4.0), em 2007.
A nova Cnae foi apresentada nesta segunda (5) em um congresso internacional em Curitiba, com representantes de 15 diferentes ministérios, ONU, União Européia e Mercosul.
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