quinta-feira, 29 de julho de 2010

Carros se transformam em lojas ambulantes pelas ruas do DF

Falta de emprego ou de fiscalização? Vendedores ambulantes estão na beira de estradas e em estacionamentos públicos.

Há 15 anos, Isvaldo da Silva tem o mesmo endereço de trabalho. Ele estaciona o carro, monta a barraca e vende churrasquinhos, bebidas e doces ao lado de uma das rodovias mais movimentadas do Distrito Federal, a EPIA. O vendedor sabe que o comércio é ilegal.

“Eu já pelejei muito para conseguir uma autorização, já paguei tudo, mas nunca consegui”, diz o vendedor ambulante.

Jilvêncio Antunes também usa uma estrada para vender os móveis que fabrica com os filhos e a mulher. Ele e o caminhão estão no mesmo local há oito anos.

“É um ponto que tem mais tranquilidade para vender. E é um ponto que a gente sempre vende”, conta o vendedor ambulante Jilvêncio Antunes.

À noite, o comércio ambulante muda de lugar. Neste período, o maior movimento de vendedores ocorre nos estacionamentos de faculdades e em frente de festas.


Nilson e Alzira vendem estrogonofes, massas e caldos para alunos de um centro universitário. Há 11 anos o casal descobriu no comércio ambulante a solução para a falta de emprego. “Na idade que estou, pode ver que é só eu e a minha mulher que trabalha, não arrumava mais emprego”, afirma o vendedor ambulante Nilson Adriano da Silva.

Comidas, bebidas, roupas e acessórios são vendidos no local. Dina e Beatriz têm uma Kombi. Elas garantem que já tentaram todos os recursos para legalizar o negócio.

“Constituímos a empresa, fomos ao GDF e eles pediram para que a gente regularizasse o carro. E a gente fez isso. Tudo que pediram a gente fez. O Detran emitiu um documento como comércio, mas a gente não consegue autorização”
vendedor ambulante Dina dos Santos Luz.

Essa ilegalidade é vista também no caminho de Santa Maria, com os caminhões que estacionam no acostamento e vendem frutas e cofres. No Park Way, com os carros parados de corretores de imóvel e vendedores. Na EPIA, com ofertas de redes e vinho. É um problema de todas as cidades. O que a fiscalização faz para combater esse tipo de comércio de rua?

O Bom Dia DF entrevistou o chefe da assessoria da diretoria de fiscalização de atividades econômicas da AGEFIS, Cláudio Caixeta. Confira o vídeo com a entrevista completa!

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